Financiamento Habitacional – O que considerar?

A compra da casa própria não é apenas juntar um valor para dar de entrada e fazer a prestação do financiamento habitacional caber no bolso


Envolve, também, outras variáveis e situações que devem ser o3bservadas.

Simulação das condições financiáveis

Para isso, faça previamente simulações do financiamento. Faça-as em todos os bancos e sites disponíveis.
Antes de visitar imóveis faça levantamento de suas contas, do quanto tem disponível (poupança pessoal e FGTS), qual o valor da parcela que cabe no seu orçamento e ter certeza que o pagamento exigirá esforço de longo prazo.
Veja que a parte mais importante é a capacidade de pagamento. A simulação proporcionará ter a visão da evolução do valor das prestações, bem como as condições a serem contratadas, inclusive a escolha da Seguradora e os prêmios de seguros.

Pesquisar e simular as condições do financiamento

Crédito de longo prazo, 10, 15 e até 30 anos, destinado a viabilizar o sonho de nove em cada dez brasileiros: comprar a casa própria.
O valor financiado dependerá da renda da família e do tipo de imóvel pretendido. Vale a pena pesquisar as condições do mercado, que variam de banco para banco, assim como as alternativas de financiamento: imóvel novo ou usado, aquisição de terreno e construção, entre outros.
Antes de optar pelo financiamento pesquise os custos envolvidos e as condições oferecidas pelos bancos privados e Banco do Brasil, e em especial pela CAIXA.
É bastante comum encontrar taxas de juro diferentes de uma instituição para outra, bem como o percentual do valor a ser financiado. Pesquise, negocie, reflita antes de decidir!
Diversos bancos oferecem financiamentos. O que os diferencia são as condições de pagamento, como as taxas de juros cobradas, a duração dos contratos e quanto do valor do imóvel pode ser financiado, a chamada quota de financiamento.
Quando for efetivar a simulação o valor do financiamento e do encargo mensal (prestação, seguros e taxa) dependerá de:

Algumas variáveis

Prazo – Quanto maior o prazo maior será o valor passível de financiamento (isso pode ser uma vantagem ou desvantagem, pois quanto maior o prazo maior o desembolso de juros ao longo do contrato);
Veja mais:

Vale a pena aumentar o Prazo do financiamento?

Sistema de amortização – Basicamente no mercado imobiliário trabalha hoje em dia com 2 sistemas de amortização: SAC – Sistema de amortização constante e a Tabela PRICE (No SAC a prestação será maior e por consequência o valor a financiar será menor e no PRICE a prestação será menor e poderá financiar um valor maior).
Veja também:

Sistema de Amortização: veja qual o ideal

Taxa de juros – Logicamente a taxa de juros também influencia no cálculo, pois dependendo do Banco e do relacionamento que tiver haverá diferenças nas taxas de juros ofertadas (em geral para ter uma taxa de juros menor o banco exigirá algumas reciprocidades: conta salário, conta, cartão de crédito e cheque especial, dentre outras).
Mas, é essencial não levar em consideração somente a taxa de juros na escolha da melhor opção para financiar seu imóvel.
O ideal é sempre comparar o CET – Custo Efetivo Total e o CESH – Custo Efetivo do Seguro Habitacional para fazer a escolha.
Mas, é interessante verificar as reciprocidades exigidas por cada Banco. Por exemplo, a tarifa mensal de manutenção da conta corrente não é computada no CET, e dependendo do Banco é extremamente relevante e pode prejudicar todo o benefício da redução dos juros no financiamento habitacional.
Os demais custos de serviços bancários, também, devem ser considerados na escolha.
Assim, o relacionamento com o banco deve ser considerado e verificar antecipadamente as vantagens que o seu Banco atual pode oferecer e constatar se vale a pena mudar para fazer o financiamento imobiliário.
Veja mais:

Compare o Custo Efetivo Total – CET

A origem do dinheiro muda as condições de financiamento?

Com certeza.
A origem dos recursos define o sistema ao qual o contrato de crédito imobiliário ficará vinculado e por consequência a taxa de juros, prazo e as condições do financiamento.
Por exemplo, se o dinheiro vier da caderneta de poupança, o empréstimo será regido pelo Sistema Financeiro da Habitação, o SFH.
Se os recursos tiverem origem na emissão de títulos do crédito imobiliário, o empréstimo será atrelado ao Sistema Financeiro Imobiliário, o SFI.
Se recursos do FGTS, serão usados nos financiamentos do SFH e na compra de imóveis populares, como os do programa “Minha Casa, Minha Vida” e “Carta de Crédito FGTS
Veja também:

Diferença entre SFH e SFI

Limite de financiamento Habitacional

Essa questão é relevante, pois não se consegue financiar 100% do valor da compra/venda, desta forma, haverá necessidade de desembolsar alguma quantia, o limite de financiamento determinado pelo Conselho Monetário Nacional – CMN depende do sistema de amortização escolhido:
SAC – até 90% do valor do imóvel
PRICE – até 80% do valor do imóvel
O valor da entrada será de no mínimo de 10% do valor do imóvel, podendo ser maior estando sujeito ao sistema de amortização escolhido ou disponível, da capacidade de pagamento (encargo mensal), dentre outros fatores.
Sempre a melhor escolha quando se vai fazer um financiamento é fazê-lo:
  • No menor prazo;
  • Com a menor taxa de juros e
  • Use o FGTS, se possível.
A quota de financiamento (valor máximo financiável) pode ser objeto de políticas internas de cada Banco, podendo variar por produto ou origem de recursos do financiamento, obedecendo os limites máximos estabelecidos pelo CMN.
Uma alternativa para se compatibilizar o valor do encargo mensal no financiamento habitacional com a capacidade de pagamento, no SFH, é o uso do FGTS para pagamento de parte da prestação.
Pode-se utilizar até 80% do valor do encargo total com FGTS. Auxiliará o equilíbrio financeiro familiar e o planejamento do orçamento durante um ano, em especial, no início do financiamento, a modalidade que pode ser renovada a cada 12 meses existindo saldo na conta vinculada.
Veja mais:

Uso do FGTS para pagamento de parte da prestação

Sugerimos a leitura do artigo do Click Habitação, onde é explicado como funciona a prestação e a evolução do saldo devedor no financiamento habitacional:

Como consultar saldo devedor do financiamento

Conforme é descrito no artigo nem sempre financiar com uma prestação menor será vantajoso em termos de educação financeira.

Custos na aquisição da moradia

Você também precisa reservar algum dinheiro para as despesas de contratação, tais como:
  • Registro de compra e venda
  • Registro da garantia (alienação fiduciária) junto ao Banco;
  • Certidões
  • ITBI
Alguns bancos oferecem a possibilidade de financiar essas despesas, avalie se será necessário e se é vantajoso.
Veja também:

Registro de Imóvel – Veja os detalhes

Além, de todos os fatores e custos envolvidos é preciso pensar, também, nas despesas após a aquisição do imóvel, tais como:
  • Mudança;
  • Pequenas reformas;
  • Compra de móveis e utensílios
Existem alguns gastos no processo de compra que nem todo mundo leva em consideração. Além do dinheiro da entrada e dos encargos mensais do financiamento, existem despesas com: impostos, documentação, mobília, mudanças e reformas.

Custos para comprar imóvel

Considerações finais

Em paralelo pesquise as ofertas de imóveis disponíveis, o ideal é compatibilizar a melhor oferta com as melhores condições de financiamento. Procure planejar e manter-se atualizado das oportunidades.

Conheça todas as variáveis que devem ser considerados e comparados entre os Bancos:

  • Simulação
  • Limite de Valor de Financiamento
  • Valor de Entrada
  • Comprometimento de Renda
  • Encargo Mensal
  • Sistema de Amortização
  • CET
  • CESH
  • Prazo de Amortização
  • Taxa de Juros
  • SFI x SFH

O que devo fazer antes de pleitear o financiamento para comprar imóvel?

  • Faça uma poupança, guarde para dar o máximo de entrada e diminua o número de parcelas do financiamento;
  • Se possível, utilize o FGTS (Fundo Garantidor por Tempo de Serviço) para pagar a entrada ou financiar menos ou em menor prazo.

E se quiser pagar à vista?

Não existe nada melhor do que acumular os seus próprios recursos para comprar um imóvel, pois, além de não pagar taxas de juros é possível conseguir um desconto na hora de pagar.
GILBERTO RIBEIRO DE MELO
ESPECIALISTA NO CRÉDITO IMOBILIÁRIO
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PATRICIA MATAYOSHI
ESPECIALISTA NO CRÉDITO IMOBILIÁRIO

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